quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

São Paulo vence o Ji Paraná e abre o caminho para o bicampeonato

Foto: Wander Roberto/VIPCOMM



O time do São Paulo não encontrou dificuldades para enfrentar o Ji-Paraná (RO). A maior dificuldade foi a boa apresentação do tricolor paulista, atual campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior. Outras dificuldades para o time do norte do país foi a viagem de 44 horas para jogar, apenas 60 dias para treinamento e dois para descanso.

O jogo começou com o São Paulo no ataque. Houve um cruzamento da esquerda e Paulo Henrique de cabeça abriu o placar. Através de uma enfiada de bola pelo lado direito, em uma jogada individual Alfredo chuta e desvia no zagueiro Jean e engana o goleiro Felipe fazendo 2x0. O terceiro gol do São Paulo saiu depois do tricolor perder várias oportunidades. Dener de cabeça aumentou o marcador.

No intervalo o jogador são Paulino Miranda explicou que as jogadas pela esquerda não se tratava de uma ordem específica do treinador. “É porque as jogadas estão dando certo por aqui e veremos se mais jogadas acontecem para as tornarmos gols. Não está fácil não, o time deles tem qualidade e voltaremos mais forte para o segundo tempo e assim fazermos os gols”, falou um dos grandes destaques da competição.
O jogador china, lateral da equipe do Ji Paraná avaliou o jogo como mérito do time da capital paulista. “Eles tem muita movimentação e não sabemos como administrar nosso jogo e veremos nesse intervalo quais são as orientações para suportar no segundo tempo. Estamos cansados sim, fui para a copa rio ano passado e a primeira partida contra o Madureira perdemos de goleada e no nosso estado não temos apoio para o futebol e temos muita dificuldade. Ficamos três dias dentro de ônibus, muito ruim, caibra , cansaço fadiga e vamos na raça mesmo,
 
Logo no inicio do segundo tempo cruzamento da direita e Miranda fez o quarto gol. O jogo estava todo nas mãos do São Paulo e o treinador Sérgio Baresi fez mudanças para poupar alguns atletas e dar ritmo de jogo a outros, o Ji-Paraná aproveitou a oportunidade para desafogar o sistema defensivo. Aos 24 minutos do segundo tempo um pênalti marcado a favor do São Paulo foi marcado pela arbitragem. O jogador Hiago passou direto no corte do atleta São Paulino, com a mão tirou a bola dos pés do atacante e o árbitro viu, marcou e Alfredo cobrou e fez o quinto gol do time da capital paulista.

O time do São Paulo é mais treinado. Aproveita muito bem as bolas paradas, em especial os escanteios; sempre cobrados no segundo poste, escora-se para o meio da área onde um grupo de jogadores já aguarda para atacar a bola. A jogada pelo meio campo poucas vezes acontece, a linha de fundo muito utilizada. A grosso modo existe os pontas, com o diferencial do atleta não ser obrigado a ficar na direita ou esquerda e também não impede o avanço dos laterais. João Felipe chuta bem a longa distancia e ainda cobra faltas com perfeição.

Já a equipe do Ji Paraná sofreu com a covardia de colocar uma equipe inteira dentro de ônibus da região central de Rondônia ao interior paulista.

O treinador da equipe do São Paulo Sérgio Baresi comparou a equipe campeã em 2010 com a atual a disputar em 2011. “A diferença maior é que a equipe de 2010 era mais experiente, com muito mais força  física, este ano temos um elenco com uma qualidade técnica tão boa como a do ano passado, mas com menor força física, tanto pela ser 93 (nascidos em 1993).  Sem duvida nenhuma é um sonho das equipes de longe vir disputar a Copa São Paulo e se destacar, muitos tentam se destacar individualmente e se esquecem do coletivo e temos de ver o sonho do atleta, foi uma estrutura dos que tem tudo contra os que não tem nada. Estreamos bem, demos o primeiro passo”, falou o treinador.

O jogador do Ji Paraná Geovane Lima Figueiredo Cunha é o grande destaque da equipe de Rondônia e disse que tentou trabalhar a bola. “A dificuldade foi grande para se chegar, sabíamos que o jogo contra o São Paulo seria difícil e ainda temos o Itabuna e o Inter para vencermos e se classificar”, quando perguntado por um repórter de rádio se valia a pena todo sacrifício ele disse a essência que tornou a Copinha o maior sonho de um jogador das categorias de base de todo o país. “Claro que vale. É o meu sonho, nunca havia disputado, é minha primeira vez que tenho essa oportunidade de aqui estar e representar meu estado, minha cidade, e vou dar meu máximo”, falou. Muito provavelmente o sonho é dele, comum a centenas de outros jovens, mas não o do governo do estado de Rondônia e nem mesmo da prefeitura municipal de Ji Paraná, se poderia ter oferecido o transporte aéreo. O sonho dele e dos integrantes dessa equipe em defender o nome do estado e da cidade devia ser mais valorizado.

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