Uma avaliação da participação do Guarani na Taça BH de Futebol Junior mostra a plena necessidade de um trabalho voltado para a competição. A comissão técnica e jogadores fizeram o máximo, e as vezes até mais, mesmo com uma entrega total, não foi possível retirar toda a diferença a favor das grandes equipes do futebol brasileiro.
O Bugre estreou com muita vontade. Encarou o Olaria, equipe de potencial e preparada por uma disputa seletiva ocorrida dentro da Federação Carioca de Futebol. Perdeu por 2x0. A segunda partida frente o forte Atlético Paranaense. A equipe estava na disputa do Paranaense, onde volta após a Taça BH para o quadrangular final. Reforçou o time com três profissionais, sendo dois da seleção brasileira de base. O jogo ficou 2x1 para o time do Paraná e foi a melhor apresentação do Bugre. Em Nova Serrana as pernas não ajudaram. As jogadas não evoluíram, o time até tentou uma reação, faltou gás, nova derrota, dessa vez 3x2. O placar contrário não desmotivou o time que ainda encarou o Internacional, fez um grande primeiro tempo, no segundo novamente o time sentiu a sequencia de jogos e nova derrota, 2x0. Já na última sexta-feira o time entrou em campo sentindo o cansaço. O placar de 5x0 para o Botafogo foi reflexo de uma preparação dos cariocas para a competição.
Em momento algum faltou luta e disposição dos jogadores e comissão técnica. As equipes adversárias incorporaram a competição em seus calendários e vieram no auge da preparação. A exemplo o Atlético Paranaense ainda jogará a fase final do estadual, o brasileiro e já iniciou a preparação para a Copa São Paulo de Futebol Junior. Todos os jogadores elogiaram a preparação física e lamentaram não terem iniciado antes, pois visualizavam uma chance de brigar na igualdade com os grandes.
Na avaliação técnica Rosquinha, Caique e Guilherme Braga foram os melhores jogadores bugrinos na competição. Sem duvida alguma eles terão de se juntar ao elenco dos profissionais para a Taça Minas Gerais. Ainda tiveram uma participação expressiva o goleiro Gustavo, imaturo por conta da pouca idade e reduzido numero de competições, mas desenvolveu muito com o trabalho feito pelo treinador Ronaldo Gontijo e este crescimento não pode ser interrompido. Os zagueiros: Carola, Igor e Guilherme. Igor foi surpreendido com a titularidade e não comprometeu, já Guilherme estava no auge quando a documentação levou três rodadas para focar pronta, foi um balde de água fria para ele. Rodolfo Henrique teve grandes atuações embora muito recuado. Davi é um atacante experiente para a pouca idade e foi prejudicado pelas poucas jogadas de ataque criadas. Jeferson deveria ter se entrosado com o grupo. Pedrinho, com virose, jogou no sacrifício. Renatinho quando necessário, esteve sempre preparado. Outros jogadores também tiveram uma participação considerável.
Para o treinador Gustavo Brancão a situação podia ter sido diferente se houvesse um tempo maior de preparação e um planejamento específico, não houve e o melhor cada um fez. “Uma avaliação positiva, pois dentro das limitações e a grandeza da competição. A diferença é muito grande, um trabalho difícil, mas estão todos de parabéns principalmente pelo esforço”, avaliou.
Um dos destaques da competição, lateral direito Rosquinha também sentiu falta de uma preparação específica e viu a chance de encarar de frente os grandes clubes do Brasil. ““Pouco trabalho é isso que acontece, pouco treinamento para enfrentar equipes fortes, os melhores do Brasil, na parte da raça não faltou, perdemos muitas vezes de bobeira. Um jogo dia sim e outro não, fizemos um bom trabalho físico, mas por pouco tempo”, considerou.
Outro destaque da competição, o volante Guilherme Braga, emprestado do Uberaba, não ficou satisfeito, espera um acordo entre as diretorias para ficar no profissional para se dedicar ainda mais. “Nunca tinha disputado a Taça BH, e infelizmente nosso objetivo não foi alcançado que era a classificação, mas agora é bola para frente e quem ficar para o profissional é agarrar essa oportunidade. Volto para Uberaba e espero uma definição da diretoria para saber se volto, gostaria muito de vestir novamente a camisa do clube, pois fui acolhido de braços abertos e fico na espera. Tenho um contrato com Uberaba e espero mesmo as coisas surgirem”, confessou.
Davi, atacante de Luz, também não é diferente, garante poder fazer muito mais com a camisa do Guarani. “Valeu a pena pelo aprendizado, entramos com o intuito da classificação, não foi possível, estou esperando para saber do meu futuro, não tenho empresário e aguardo a fala da diretoria do Guarani”, disse.
O profissional se apresenta na próxima quarta-feira e muitos dos atletas dos juniores esperam estar no grupo, entre eles Rodolfo Henrique, que se entregou na competição. “Valeu a pena, aprendemos muita coisa, e vai servir de lição para todos, vale a pena jogar, fizemos belos jogos, um mês de preparação foi pouco para um melhor desempenho no campeonato”, falou.
O Guarani reuniu um elenco de muita coragem e disposição, não demonstrou medo ao encarar os melhores times do Brasil, precisa de continuidade para o ano de 2012 CREDITO: Luciano Eurides |
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