O presidente do Guarani Edilson de Oliveira reuniu a
imprensa para fazer o comunicado oficial da desistência do Bugre a vaga na
série D do Campeonato Brasileiro. Segundo o presidente todos os esforços foram
feitos, mas forças extras trabalharam contra e não foi possível reunir o
montante necessário para a disputa.
O mandatário do clube explicou a atual situação do clube,
onde ele está a frente por dois anos e meio. “Esse grupo entrou no Guarani com
ele rebaixado e nem as contas sabíamos o que tínhamos de pagar. Chegamos a 2012
na primeira divisão, em sexto lugar e com uma vaga na série D. Nosso trabalho
foi assim recompensado. Sabemos das dificuldades do Guarani, a prefeitura
municipal foi parceira e ajudou muito, mas ainda foi insuficiente para o
Guarani. A Unimed que não poupou esforços, os patrocinadores, Supermercado BH,
BMG e Karinho que representam todos que deram suas parcelas”, agradeceu.
O sonho da disputa da série D do Campeonato Brasileiro
começou a ser buscado dentro do campo, no planejamento estava essa nova
realidade. Segundo Edilson de Oliveira a classificação é um grande feito.
“Sabíamos das nossas dificuldades financeiras, corremos atrás de patrocinadores
e parceiros durante esses dez dias. Fui a Belo Horizonte seis vezes e não
tivemos êxito. Queríamos fazer parte dos times que estão na entidade máxima do
futebol brasileiro”, disse e falou da logística da competição nacional em
relação a elite do futebol mineiro. “O Campeonato Mineiro tem televisão, um
marketing grande e a série D não tem. O investimento é muito parecido com o do
Mineiro, cerca de 800mil a um milhão de reais. A pouca visibilidade dificultou
a encontrar os parceiros. Precisávamos de pelo menos 70% desse valor para corrermos atrás de outros,
não conseguimos”, Contou.
No ofício da comunicação o Bugre deixa claro que não é uma
vaga passada a ninguém. “Ninguém aqui vende vaga”, deixou claro o presidente.
Edilson ainda disse existir uma força extra para a não participação. “Esse é
mais um capítulo da vida do Guarani. Nós tivemos concorrentes pesados que lutam
pelos mesmos objetivos nossos, trabalharam dentro e fora de campo contra o
Guarani. Tivemos uma dificuldade muito grande e nos custou muitos sacrifícios.
A concorrência do mercado, como não temos patrocinadores de Divinópolis, os
outros clubes buscam os mesmos patrocinadores da gente, e tivemos uma
concorrência muito forte, fomos pegos de surpresa, ele nos agradou muito e fez
além do combinado. Ele achou melhor pular para outra equipe e perdemos um
patrocinador que contávamos com ele na série D. As pessoas querem cada um
defender sua parte. Esse concorrente é o outro que ganhou a vaga na série D e
usou de todas as forças para aglutinar valores para eles e minimizar os do
Guarani. Isso afetou muito”, declarou.
Para o futuro o Guarani ainda tem problemas financeiros a
resolver. “Vamos entregar o Guarani bem melhor do que recebemos. Preparamos a
eleição para junho. Temos um novo estatuto, a atual gestão não é candidata,
gostaria de passar o Guarani para outros que venham com novas ideias, o fator
financeiro é o que pesa mais e tenho certeza que a eleição transcorrerá na
maior tranquilidade. Vamos fazer isso com toda a lealdade”, garantiu Edilson e
estendeu a responsabilidade ao Conselho deliberativo. “Ainda não é uma
participação profissional. Não é integral. Cria-se uma cota de valores para
ajudar o clube e precisa vir deles. Esse conselho vai ter de trabalhar muito.
Eu não posso cobrar nada, eles tem diretoria e presidente e deles tem de partir
esses fatos e daqui para frente vai dar uma melhorada boa”
Municipalização
O projeto de municipalização continua em andamento e passa
por um trabalho jurídico. “Há partes que foram doadas pela prefeitura, outras
pela Ferrovia, tem do Guarani e penhoras também. Tem de alinhavar tudo isso
para uma transição tranquila”, disse e acrescentou: “Essa municipalização é uma fator
importantíssimo na permanência do Guarani para o time possa buscar novos
horizontes”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário