segunda-feira, 30 de abril de 2012

Guarani envia oficialmente a desistência a série D


O presidente do Guarani Edilson de Oliveira reuniu a imprensa para fazer o comunicado oficial da desistência do Bugre a vaga na série D do Campeonato Brasileiro. Segundo o presidente todos os esforços foram feitos, mas forças extras trabalharam contra e não foi possível reunir o montante necessário para a disputa.

O mandatário do clube explicou a atual situação do clube, onde ele está a frente por dois anos e meio. “Esse grupo entrou no Guarani com ele rebaixado e nem as contas sabíamos o que tínhamos de pagar. Chegamos a 2012 na primeira divisão, em sexto lugar e com uma vaga na série D. Nosso trabalho foi assim recompensado. Sabemos das dificuldades do Guarani, a prefeitura municipal foi parceira e ajudou muito, mas ainda foi insuficiente para o Guarani. A Unimed que não poupou esforços, os patrocinadores, Supermercado BH, BMG e Karinho que representam todos que deram suas parcelas”, agradeceu.

O sonho da disputa da série D do Campeonato Brasileiro começou a ser buscado dentro do campo, no planejamento estava essa nova realidade. Segundo Edilson de Oliveira a classificação é um grande feito. “Sabíamos das nossas dificuldades financeiras, corremos atrás de patrocinadores e parceiros durante esses dez dias. Fui a Belo Horizonte seis vezes e não tivemos êxito. Queríamos fazer parte dos times que estão na entidade máxima do futebol brasileiro”, disse e falou da logística da competição nacional em relação a elite do futebol mineiro. “O Campeonato Mineiro tem televisão, um marketing grande e a série D não tem. O investimento é muito parecido com o do Mineiro, cerca de 800mil a um milhão de reais. A pouca visibilidade dificultou a encontrar os parceiros. Precisávamos de pelo menos 70%  desse valor para corrermos atrás de outros, não conseguimos”, Contou.

No ofício da comunicação o Bugre deixa claro que não é uma vaga passada a ninguém. “Ninguém aqui vende vaga”, deixou claro o presidente. Edilson ainda disse existir uma força extra para a não participação. “Esse é mais um capítulo da vida do Guarani. Nós tivemos concorrentes pesados que lutam pelos mesmos objetivos nossos, trabalharam dentro e fora de campo contra o Guarani. Tivemos uma dificuldade muito grande e nos custou muitos sacrifícios. A concorrência do mercado, como não temos patrocinadores de Divinópolis, os outros clubes buscam os mesmos patrocinadores da gente, e tivemos uma concorrência muito forte, fomos pegos de surpresa, ele nos agradou muito e fez além do combinado. Ele achou melhor pular para outra equipe e perdemos um patrocinador que contávamos com ele na série D. As pessoas querem cada um defender sua parte. Esse concorrente é o outro que ganhou a vaga na série D e usou de todas as forças para aglutinar valores para eles e minimizar os do Guarani. Isso afetou muito”, declarou.
Para o futuro o Guarani ainda tem problemas financeiros a resolver. “Vamos entregar o Guarani bem melhor do que recebemos. Preparamos a eleição para junho. Temos um novo estatuto, a atual gestão não é candidata, gostaria de passar o Guarani para outros que venham com novas ideias, o fator financeiro é o que pesa mais e tenho certeza que a eleição transcorrerá na maior tranquilidade. Vamos fazer isso com toda a lealdade”, garantiu Edilson e estendeu a responsabilidade ao Conselho deliberativo. “Ainda não é uma participação profissional. Não é integral. Cria-se uma cota de valores para ajudar o clube e precisa vir deles. Esse conselho vai ter de trabalhar muito. Eu não posso cobrar nada, eles tem diretoria e presidente e deles tem de partir esses fatos e daqui para frente vai dar uma melhorada boa”

Municipalização
O projeto de municipalização continua em andamento e passa por um trabalho jurídico. “Há partes que foram doadas pela prefeitura, outras pela Ferrovia, tem do Guarani e penhoras também. Tem de alinhavar tudo isso para uma transição tranquila”, disse e acrescentou:  “Essa municipalização é uma fator importantíssimo na permanência do Guarani para o time possa buscar novos horizontes”, concluiu.

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