Ter um estilo próprio, essa frase se tornou uma gíria no futebol moderno. A palavra foi importada da literatura quando o escritor é reconhecido pelo estilo: Forma, expressão própria, cunho individual e inconfundível que cada um tem seria uma definição de estilo.
Não é fácil e muito menos criativo inventar um estilo. Seria algo encenado. Não original. Além de cada jogador possuir o seu modo peculiar e que essa maneira própria vai de encontro à situação ou momento. Entende-se na capacidade de raciocino rápido essa criação. Exemplos são Robinho na pedalada, Marcelinho na cobrança de falta, Romário no posicionamento e as arrancada de Kaká. Basta escolher o ídolo e observá-lo.
Importante lembrar que é necessário saber realmente o que se faz. Sócrates no calcanhar tinha total certeza de onde estava o companheiro, ou mesmo a eficácia da jogada. Não basta criar um estilo próprio de cruzar a bola na área se dessa jogada não sair gols, ou mesmo cabecear sendo que na equipe não tem alguém para alçar a bola. O estilo de marcação também tem de ser eficaz.
Tenho visto nas categorias de base uma cópia dos ídolos modernos. Os meninos procuram se posicionar em cobrança de falta da igual maneira que Cristiano Ronaldo. O correto é se equilibrar o corpo da melhor maneira para o cobrador fazer o gol, esse é o objetivo, nem precisa dizer das condições bastante diferentes entre o ídolo português e a nossa realidade. Peso, altura, gramado e um detalhe importantíssimo, peso da bola.
Um jogador sábio procura a todo momento durante os treinos descobrir as armadilhas existentes no gramado e os possíveis desníveis. Brinca com a bola e descobre o peso e as dimensões do principal instrumento do jogo.
Ainda a cópia das cores das chuteiras é uma arma. Importante ter em mente que o árbitro identificará o atleta pela cor da chuteira, em duvida ela poderá culpar ou inocentar o atleta. Exemplo: ‘O jogador de chuteira azul já fez três faltas seguidas’, dedurou um auxiliar no intervalo do jogo.
Kléber na Toca
Uma pendência judicial com o Goytacaz, clube de Campos-RJ, relativa à venda do atacante Jussiê, ao Lens, da França, em 2005, ainda atormenta o Cruzeiro. Depois de ter as contas bloqueadas em abril, o clube mineiro agora está impedido de negociar legalmente jogadores e, da mesma forma, de registrar novos reforços.
O clube fluminense pleiteia R$ 6 milhões de indenização do Cruzeiro por danos materiais e morais pelo fato de não ter firmado o primeiro contrato profissional com o atacante Jussiê, vendido ao Lens, em 2005, e que hoje está no Bordeaux, também da França.
Jussiê foi revelado pelo Goytacaz em 2000 e, meses depois, teria desistido do futebol e voltado para casa, no Espírito Santo. No ano seguinte, o jogador reapareceu nas categorias de base do Cruzeiro e acabou vendido em 2005 ao Lens por 3,35 milhões de euros.
O Goytacaz acionou a Justiça em 2003 por entender que a Lei Pelé, em seu artigo 29, garante ao clube formador o primeiro contrato profissional. Mas como Jussiê teria simulado o fim da carreira para assinar com o Cruzeiro, o clube fluminense perdeu esse direito e ainda deixou de receber um percentual sobre a venda do jogador.
Em abril, o juiz Sebastião Bolelli, da 2ª Vara Cível de Campos dos Goytacazes-RJ, determinou o bloqueio de todas as contas do Cruzeiro para cumprimento de execução provisória da ação movida pelo Goytacaz, clube que revelou o atacante Jussiê.
A execução provisória é uma espécie de garantia obtida pelo Goytacaz de que, ao fim do processo, o clube receberá a indenização. No entanto, durante o bloqueio das contas do Cruzeiro, apenas R$ 900 mil foram encontrados. Posteriormente, outra determinação judicial impediu o clube mineiro de transferir e registrar novos jogadores.
O Cruzeiro contesta a determinação judicial, uma vez que o caso ainda não transitou em julgado. O clube recorreu ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Dos reforços contratados recentemente pelo Cruzeiro, apenas o atacante Robert foi registrado no Boletim Informativo Diário da CBF. O lateral-direito Rômulo e o volante Everton não poderão ser registrados até que a pendência seja revertida na Justiça. O argentino Montillo ainda pertence ao Universidad de Chile e só será transferido para o Cruzeiro após a Copa Libertadores.
Por conta do impasse, o atacante Kléber, vendido ao Palmeiras no mês passado, ainda não foi regularizado na CBF como jogador do Verdão. O jogador esteve na Toca da Raposa II na manhã desta segunda-feira, provavelmente para ficar a par do caso
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