quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Coluna Luciano Eurides 16-09-2010

BRASIL, O PAÍS DO FUTEBOL
O esporte deve ser encarado primeiramente como educação, saúde, lazer e segurança, depois uma profissão. Para nós, brasileiros, o futebol é um fenômeno. Ele cativa e impressiona pela sua grandeza. Esse manifesto é natural, mas, para tudo na vida tem a sua hora, especialmente a prática de esportes na infância. O esporte na infância deve ser tratado de maneira adequada, respeitando a individualidade da criança, independente dos interesses ou objetivos das instituições.

FORMANDO O FUTURO
O futebol competitivo deve se adaptar à condição técnica, física e psíquica da criança de forma compatível com as suas necessidades e nem sempre esta perspectiva de respeito ao desenvolvimento infantil.
Para aprender a jogar um esporte qualquer, uma criança deve ter a oportunidade de experimentar um número grande de situações. Cada situação dessas será responsável pela abertura de um grande número de possibilidades, sendo que, cada possibilidade dessas, quando for experimentada, poderá abrir outras tantas. Vale aqui ressaltar a importância dos jogos escolares na apresentação de um leque de opções.
Se compreendermos a iniciação no futebol compreendida de sete a 13 anos, deverão ser também consideradas as fases de desenvolvimento físico da criança. Existe uma série de transformações ou mudanças da estrutura física da criança nesta faixa etária, pelo menos três divisões (pré-mirim, mirim, infantil). É importante considerar, na iniciação esportiva, a idade biológica, o nível de coordenação motora e o grau de inteligência para a elaboração das atividades a serem desenvolvidas pela criança, a fim de contribuir com o maior número de vivências motoras possíveis. “Na formação de base, todas as coisas devem ser aprendidas por experiências as mais diversificadas possíveis (FREIRE, 2002)”.
Os primeiros anos da iniciação no futebol têm como objetivo formar o esquema corporal; desenvolver conhecimentos de espaço, noções de tamanho, peso, altura, direção e velocidade. Compreendendo os nove, 10 e 11 anos é a melhor fase para aprendizagem motora, movimentos em geral e ritmados. Já nos anos finais (11-12-13 anos) importância dos fundamentos desportivos e formação motora específica.
Os ensinos da tática e da técnica requerem uma grande capacidade intelectual do atleta. A eficácia da tática, especificamente, depende da capacidade de percepção, antecipação e tomada de decisão, o que reflete a capacidade tática. “Os alunos de uma escola de futebol devem receber também formação teórica, obedecendo ao seguinte critério: quanto menos idade tiver o aluno, menos teoria; quanto mais idade, mais teoria (FREIRE, 2003)”.

Nenhum comentário: